Estava eu muito sossegada a ler uma revista quando deparo-me com um comentário de Fernanda Montenegro, uma atriz brasileira por quem tenho profunda admiração pela sua longa carreira no teatro e televisão. No artigo a propósito da longevidade do seu casamento, ela explicava que o segredo estava em não tentar mudar a "natureza" do homem. Que homem tem de ser livre, deixar tudo pelo chão e que quem não quer bagunça que case com mulher! Pronto! Estragou tudo! E se o seu percurso profissional continuou intocável, a pessoa por trás deste sucesso, desiludiu-me. Mas alguém no século XXI acredita que é mesmo assim?
O cerne da questão está mesmo aqui: é por a maioria das mulheres pensarem assim que temos os homens que temos. Se é certo que homem na sua origem foi criado para caçar, proteger a família enquanto a mulher cuidava dos filhos e do lar, a evolução do Mundo trouxe novidades aos quais a nossa espécie se adaptou. É tão comum, hoje, ver mulheres a trabalhar fora e com cargos de chefia, como homens a cuidar dos filhos e tarefas domésticas. A libertação da mulher e a proclamação de igualdade de géneros virou do avesso a rotina familiar aniquilando de vez o conceito de papeis pré-definidos. E sinceramente, ainda bem! Mas quem é que quer viver preso à ideia de que por nascer mulher ou homem já vem programado para ser ou fazer determinadas coisas?
Não é por ter nascido homem que há desculpas para não participar conjuntamente com sua mulher nas tarefas de casa. Quando se decide viver com alguém, está-se a formar uma equipa, a "convocar" dois jogadores para participar no campeonato da vida. E se queremos marcar golos, sermos os melhores dos melhores, não podemos deixar o nosso companheiro sozinho. Temos de jogar juntos! Já lá vai o tempo em que a mulher ficava em casa por opção. E se bem que, ser dona de casa é um trabalho árduo sem remuneração a que muitas dizem sim sem problemas, outras, com todo o direito para isso, querem abraçar desafios maiores.
A entreajuda é fundamental numa relação. Demonstra amor porque quem ama quer ver o outro feliz. Demonstra respeito porque quem ajuda sabe que o outro não é escravo de ninguém. Em suma, a longevidade dos casamentos não se resume em deixar ser, mas sim, em completar o outro sem o anular, numa caminhada justa e igual na divisão dos deveres. Quando um sente que dá mais do que o outro, o fim está à vista...
Infelizmente as mulheres, que mais se lamentam desta triste sina são as responsáveis por terem os homens que têm. Quando são mães, é frequente vê-las a "pouparem" os meninos das tarefas domésticas, das obrigações de partilha de deveres em casa quer sejam únicos ou tenham irmãs. Educam o rapaz como se fosse um príncipe onde as mulheres lhe devem serventia. É comum vê-los já grandes em casa da mãe com direito a roupa lavada, passada e "limpeza" de quartos. Não movem uma palha. Não percebem que serão eles os futuros maridos de amanhã e que, tal como elas, haverá um dia uma nora infeliz e revoltada.
Ninguém nasce programado. É na educação que construímos aquilo que somos. E é às mulheres que compete mudar. Mudar a forma de educar os meninos para transformá-los nos homens que desejaríamos ter. Os homens que receberam uma educação completa, tornam-se mais atraentes aos olhos de uma mulher. Porque enquanto os músculos trabalhados agarram por momentos, o espírito de entreajuda, de trabalho e sacrifício agarram por uma vida...
Não é por ter nascido homem que há desculpas para não participar conjuntamente com sua mulher nas tarefas de casa. Quando se decide viver com alguém, está-se a formar uma equipa, a "convocar" dois jogadores para participar no campeonato da vida. E se queremos marcar golos, sermos os melhores dos melhores, não podemos deixar o nosso companheiro sozinho. Temos de jogar juntos! Já lá vai o tempo em que a mulher ficava em casa por opção. E se bem que, ser dona de casa é um trabalho árduo sem remuneração a que muitas dizem sim sem problemas, outras, com todo o direito para isso, querem abraçar desafios maiores.
A entreajuda é fundamental numa relação. Demonstra amor porque quem ama quer ver o outro feliz. Demonstra respeito porque quem ajuda sabe que o outro não é escravo de ninguém. Em suma, a longevidade dos casamentos não se resume em deixar ser, mas sim, em completar o outro sem o anular, numa caminhada justa e igual na divisão dos deveres. Quando um sente que dá mais do que o outro, o fim está à vista...
Infelizmente as mulheres, que mais se lamentam desta triste sina são as responsáveis por terem os homens que têm. Quando são mães, é frequente vê-las a "pouparem" os meninos das tarefas domésticas, das obrigações de partilha de deveres em casa quer sejam únicos ou tenham irmãs. Educam o rapaz como se fosse um príncipe onde as mulheres lhe devem serventia. É comum vê-los já grandes em casa da mãe com direito a roupa lavada, passada e "limpeza" de quartos. Não movem uma palha. Não percebem que serão eles os futuros maridos de amanhã e que, tal como elas, haverá um dia uma nora infeliz e revoltada.
Ninguém nasce programado. É na educação que construímos aquilo que somos. E é às mulheres que compete mudar. Mudar a forma de educar os meninos para transformá-los nos homens que desejaríamos ter. Os homens que receberam uma educação completa, tornam-se mais atraentes aos olhos de uma mulher. Porque enquanto os músculos trabalhados agarram por momentos, o espírito de entreajuda, de trabalho e sacrifício agarram por uma vida...