Há quem tente, mais que uma vez, roer-me até ao tutano. Há quem pense que pelo ar frágil que me caracteriza, sou maleável. Há quem ouse aproximar-se de mim certos que vão levar a melhor. Que vão sugar tudo o que precisam e descartar-me logo de seguida como uma fralda suja. Há quem pense... mas desses que pensam, tenho um segredo a confessar-vos: sou osso duro de roer.
Enquanto lambem o osso, estou de olho em vós. Deixo que me lambuzem, me mordisquem enquanto acredito que sois tal e qual aquilo que mostraram ser, quando vos estendi a minha mão, vos dei o meu abraço, ou colei meus lábios aos vossos. Sou vulcão que dorme na serra. Que enquanto ele repousa, verdejante é a natureza que o rodeia; quando o acordam, é o cheiro a terra queimada que transforma em pedra preta tudo o que toca. Sou força da natureza que nada derruba, nada intimida. Onde o mal jamais vence. Onde o mal jamais sai sem retorno.
Por isso, quando vieres na minha direcção de mansinho, com teu sorriso de cobra à espera de momento ideal para me abocanhares, lembra-te que sou Atena e não há guerra que me meta medo; justiça que fique por fazer; e que a sabedoria mora em mim para te fazer regressar ao submundo dos seres miseráveis como tu.
Lembra-te, sou osso duro de roer...
Por isso, quando vieres na minha direcção de mansinho, com teu sorriso de cobra à espera de momento ideal para me abocanhares, lembra-te que sou Atena e não há guerra que me meta medo; justiça que fique por fazer; e que a sabedoria mora em mim para te fazer regressar ao submundo dos seres miseráveis como tu.
Lembra-te, sou osso duro de roer...
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