As pessoas têm por hábito pedir conselhos aos outros sempre que balançam em dúvidas sobre que caminhos seguir, que decisões tomar. Esquecem-se ou não sabem que os que nos rodeiam estão mais preocupados com eles. E quando lhes pedimos uma orientação, o mais certo é indicarem-nos o caminho oposto só para terem a certeza de que não os vamos ultrapassar nos nossos objetivos.
Enquanto escrevo isto muitos irão pensar que estou a ser demasiado dura, colocando todas as pessoas no mesmo saco, como se não houvesse pessoas sinceras e honestas em quem possamos confiar. Têm razão. Estou a ser dura sim, porque na verdade, a vida ensinou-me que em 99% de pessoas que nos rodeiam, apenas 1% é fiável. E mais vale levar com esta dureza toda de uma verdade, do que viver numa eterna mentira e sofrer depois com as consequências.
E a verdade é que a pessoas lidam muito mal com o sucesso dos outros, com a beleza dos outros, com a energia e força dos outros, com a felicidade dos outros e... quando pedimos um simples parecer, eis que somos bombardeados com todo o tipo de argumentos que pensamos serem sinceros, mas que na realidade estão a dizer secretamente " a tua ideia é fantástica mas não vás por aí senão podes vir a ter muito sucesso com isso". E claro, que fazemos nós a seguir? Desistimos porque o nosso melhor amigo disse que " era muito arriscado" que " o mais provável era não conseguir" blá, blá,blá... Para não falar daqueles que veem depois a sua ideia a ser "roubada" por um dos seus conselheiros!
Quando nos sentimos perdidos sem saber o rumo a tomar, o melhor conselheiro somos nós e nosso travesseiro. Devemo-nos escutar. Ouvir o nosso interior. Perguntar a NÓS o que queremos e estudar o meio para lá chegar. Fecharmos os olhos e sobre uma boa noite de sono, sonhar com o que queremos alcançar. Porque é o sonho que comanda a vida. E é sonhando muito que o concretizamos. Nós somos quem melhor nos conhecemos. Quem melhor sabe sobre as nossas capacidades de alcançar seja o que for. Nós somos a força que nasce para a concretização e mais ninguém tem o poder de saber até onde somos capazes de ir.
Porque se assim não o fizermos, o mais certo é deixarmos de ser o que poderíamos ter sido para ser o que os outros queriam que fôssemos.