sexta-feira, 24 de julho de 2015

OS ESTEREÓTIPOS SOCIAIS


Há dias que me ponho a pensar quem foram os iluminados que criaram estereótipos que definem quem é bonito, quem é magro, quem é bem sucedido. Que tabelas são essas segundo as quais somos classificados à luz de uma escala que faz de barómetro para sabermos em que posição do ranking nos encontramos? 

Gostava que esses mesmos ilustres, me explicassem como se define uma pessoa bonita? Com que base alguém pode dizer que esta é "mais" e aquela é "menos"? Se a beleza depende de quem a vê. Se é intrínseca. Se abrange valores e gostos pessoais, logo, não é de todo possível classificá-la. Há beleza em todos nós. Belezas todas diferentes que irradiam de forma singular. Uns, emanam-na logo no primeiro contacto visual. Outros dali uns minutos. Outros dali umas horas ou meses. Mas beleza existe em todo o ser. Nuns, surgirá de imediato assim que são abordados. Noutros, ficará guardado à espera do momento ideal para sair. Porque a beleza genuína é aquela que vive dentro de nós  e não o que fazemos transparecer. 

Depois vem outra classificação genial com base nos quilos. Se tem mais de 50 kg é gordo. Se é gordo, é feio. Se é feio, não está na moda porque a moda fez-se para gente bonita e... magra! Então passamos a viver obcecados com dietas  convictos que nos vamos tornar mais belos. Para descobrir mais tarde, que afinal, o esforço de nada valeu. Que aquela pessoa que tanto queríamos, continua sem "nos ver" e até arranjou entretanto uma namorada "pouco jeitosa"... 

Mas há outro estereótipo ainda pior que estes todos e me tiram do sério: os bem sucedidos! Fiquei a saber que segundo as leis da sociedade moderna, ser bem sucedido na vida implica conduzir um carro topo de gama que estacionamos numa bela e grande moradia. Um tablet debaixo do braço. Um telemóvel android que levamos para todo o lado. Um salário acima da média e roupas a condizer... E pronto! Quem tem, venceu na vida, quem não tem, fracassou. Por isso, vivemos todos em correria frenética, ávidos de conquistar rapidamente todas estas etapas, para que sejamos incluídos na tabela! E então vemos alguns a endividarem-se furiosamente para mostrar ao Mundo que lá chegaram sem pensar se vão poder ou não manter as aparências por muito tempo. Como se o sucesso de alguém se resumisse a tão pouco... As pessoas bem sucedidas são aquelas que dão o seu melhor em tudo o que fazem deixando seu legado falar por eles. Podem ser simples padeiros a cientistas. Mães desempregadas a artistas de cinema. Todos podemos ser bons sem precisar de tabelas para o definir.

Vivi toda a minha vida a fugir dos estereótipos. Detesto rótulos e por isso quebro-os a toda a hora. Aprendi que na realidade  o que importa é vivermos bem com aquilo que somos e marimbar-mo-nos para o que dizem. Porque na verdade não há pessoas feias e fracassadas. Há apenas pessoas... com trajectórias diferentes... ambições diferentes. 



sexta-feira, 17 de julho de 2015

NÃO MUDE POR NINGUÉM







Não mude por ninguém. Mesmo que lhe digam que fica melhor com o cabelo loiro. Mesmo que lhe digam que é demasiado velho para praticar aquele desporto. Que já não é um jovem para usar aquela roupa. Mesmo que lhe digam que é absurdo seguir aquele sonho de menino. Mesmo que tentem anular seus pensamentos, suas opiniões. Não mude por ninguém.

Porque quem entra na sua vida vem para amá-lo do jeito que é e não como o idealizam. Vem para lhe acrescentar e nunca subtrair. Vem para em conjunto completar e não fotocopiar. Vem simplesmente para o amar. E amar é gostar de tudo sem sequer querer  mudar os defeitos. 

Nascemos originais e não cópias, em busca duma identidade. Logo não podemos permitir que nos roubem o nosso "eu" e o transformem noutra coisa qualquer. Porque nada do que façamos para mudar e agradar mais aos outros, vai fazer com que eles permaneçam nas nossas vidas. O mais certo será depois de uma anulação completa da nossa essência, partirem na mesma, deixando-nos perplexos e perdidos sem sabermos quem somos.

Seja o seu reflexo sempre que se olhar e ame-se tanto ao ponto de nunca querer mudar. Seja genuíno. Seja único.

Porque a era dos clones ainda não chegou...

EM TUA MEMÓRIA







Sei das tuas lágrimas reprimidas que te queimavam o rosto enquanto caiam. Lágrimas de dor, lágrimas de raiva contidas, carregadas de temor. Lágrimas que mesmo depois de surpreendida pelos filhos teimavas em negar. Das palavras de desprezo que te rasgavam a alma e te feriam no mais profundo do teu ser. Palavras gritadas com desdém, carregadas de ódio,  apenas por não quereres comer.

Sei das humilhações que te infligiram. Daqueles 5 quilómetros percorridos, a pé, que te obrigaram a fazer,  para pedir perdão aos país dele só porque ousaste mandar fazer o vestidinho de batismo do teu primeiro rebento. Das vendas escondidas de ovos e milho só para teres alguns míseros cêntimos, porque até dinheiro para roupa interior te negavam. Dinheiro que afinal era teu e que por casamento, ele se apoderara... Dos gritos de desespero escritos em cartas. Dos desabafos de agonia denunciando a sua alma vil, que fazias chegar a medo, às mãos das tuas filhas. Cartas que a vizinha entregava por ti, às escondidas, não fosse ele saber... E sabe-se lá o que fazer... Das traições que fingias desconhecer...

Sei da vida escrava de trabalho duro, frente aos bois que ele te impunha. Das forças físicas que te faltavam e tu caias. Pouco lhe importava a tua natureza frágil, o teu corpo agastado. Saia juntar-se aos amigos enquanto  o trabalho, por ti sozinha, se fazia. Daquele dia que quase morrias, quando ele te enviou aquela maldita carta, infestada de crueldade. Deixaste de falar. Deixaste de comer. Deixaste de ser. Do dia que deste à luz sozinha porque ele não se coibiu dum passeio a Fátima a poucos dias de seres mãe... Porque para ele ser mãe não era mais do que parir...

Sei porque também eu, senti, sofri e agonizei nas mãos de alguém assim. Chorei a mesma dor. Morri todos os dias ao ouvir as mesmas palavras. Sei porque também o vivi.

Mas em tua memória não deixarei que jamais sejas esquecida.

Farei de ti minha heroína. Minha inspiração para a vida.


terça-feira, 14 de julho de 2015

ONDE A IGNORÂNCIA FALA, A INTELIGÊNCIA SILENCIA




Muitas vezes damos por nós a querer explicar mal entendidos. A procurar pessoas que já não vemos há muito tempo para dissolver intrigas, para esclarecer pontos de vista. Achamos que, se calhar tivemos culpa naquele afastamento por não termos dito logo o que sentíamos. E então, lá vem o dia em que saímos do nosso casulo e vamos ao encontro dessa gente convictos que uma boa dose de conversa com um "desculpa" aqui, outro, "não foi minha intenção magoar-te", que acabaremos por fumar o cachimbo da paz. E na verdade, até seria, não fosse a ignorância minar tão nobre iniciativa...

O problema é que muitas vezes, quem está do outro lado, não está aí para ouvir senão ele próprio. Aí, carrega as munições, e dispara os projecteis linguisticos de mau gosto, sobrepondo-se a torto e a direito, não aceitando um único ponto de vista distinto do seu. Vendo que continuamos a argumentar fundamentando muito bem as ocorrências, eis que soltam a última e derradeira munição de ataque: o insulto! 

Aprenda que, onde a ignorância fala, a inteligência silencia. Que há gente que não está aí para o ouvir a menos que seja para lhes dar toda a razão, abanando a cabeça como um cão de loiça, a cada pensamento proferido. Não aceitam outra opinião que não seja a sua e reagem sempre mal quando não dominam a conversa. A culpa não é sua. Está apenas na presença de alguém com pobreza  de espírito, que devido a uma deformação educativa, não aprendeu a ser tolerante, muito menos a ouvir e respeitar o outro.

Por isso, faça como eu. Se tropeçar em alguém assim, silêncie, vire costas e siga em frente.

sábado, 11 de julho de 2015

MULHER CORAGEM




Às vezes questiono-me seriamente sobre o conteúdo cerebral de algumas espécies humanóides que circulam entre nós. Terão sido à nascença vítimas de tráfico de órgãos e consequentemente terem-lhes subtraído o tão precioso cérebro? Ou terá sido a falta de uso do mesmo a provocar uma espécie de solidificação interna a semelhança de um pedregulho? 

É que andam por aí umas criaturas a politizar uma aparição pública de uma senhora, que por acaso, mas só por acaso, é esposa de um primeiro ministro. Uma senhora que só por acaso, contraiu uma doença grave. E também só por acaso, tem de se submeter a um tratamentozinho, nada de especial, claro, chamado, quimioterapia. E não é que, segundo eles, ela teve a ousadia de aparecer sem burca, peruca ou lenço, para lavar o povo em lagrimas, comovidos com tamanha tragédia e claro, como o povo na óptica dos mesmos deve ser uma cambada de ignorantes, compensarem o casal com um votozito extra para acalmar a dor!! Como é possível politizar um drama pessoal desta envergadura?!

Estou pasma por um lado, mas não de todo surpreendida. É que há gente, seja cá, seja na Grécia, em todo o mundo, que faz política a mentir, a enganar, a falar mal uns dos outros rebuscando tudo e mais alguma coisa para denegrir. Não acrescentam nada senão comentários infelizes, como este, que lhes revela o verdadeiro íntimo, deitando por terra todos os discursos mais brilhantes, sobre ideologias também elas brilhantes.

Quando vi a foto na imprensa a primeira coisa que me surgiu foi admiração por esta senhora que por acaso, só por acaso, é esposa do primeiro ministro. É preciso ter-se muita coragem e muita fibra para enfrentar o Mundo daquela maneira sem preconceito, com um sorriso sereno, sem deixar transparecer qualquer incomodo sendo ela tão mediática. Que grande senhora! 

O que penso sobre está ousadia? Penso tão somente que  esta atitude transformou-a, isso sim, numa fonte de inspiração para milhões de mulheres espalhadas pelos quatro cantos do planeta, roubadas pelo cancro! 

Uma verdadeira mulher coragem!

sexta-feira, 10 de julho de 2015

SARA CARBONERO NÃO VIRÁ COM ELE?

Às vezes pergunto-me se as televisões não têm mais nada de edificante para passar em pleno telejornal. Sara Carbonero não quer acompanhar o maridito Casilhas e isso é notícia? Depois seguem-se os comentários um pouco por todo o lado, havendo até, vejam só, quem se indigne por está senhora preferir viver em Espanha! E depois?

Eu sou portuguesa e quando me falam em ir viver para outro país, arrepio-me toda! Não consigo nesta fase da minha vida, imaginar-me sem este cantinho de terra, cheio de sabores e calor da nossa gente; sem o mar e céu azul; sem esta paz e serenidade; sem minhas coisitas que coleccionei ao longo da vida contando histórias de mim...  Teria que se tratar de uma necessidade emergente para me arrancar daqui! Com austeridade ou sem ela, prefiro estar onde me identifico, onde me sinto bem.

 Carbonero não disse que não gostava de Portugal, muito menos do Porto. Disse que não queria cá viver. É diferente. O maridito Casilhas pouco se importará com isso porque bastam uns míseros minutinhos de avião e pode estar com a família sempre que puder. Não se trata, como vi alguém dizer, de lojas chanel, de apartamentos de dois milhões. Trata-se de amor à nação e os espanhóis são eximinos nisso.

Em tempos trabalhei junto a Espanha e depressa percebi que se trata de um povo muito diferente de nós. Os espanhóis amam tudo o que é deles antes de todo o resto. São nacionalistas orgulhosos das suas gentes e cultura. Não trocam o que têm por nada e se queremos entrar no mercado deles, terá sempre de ser com algo que eles não têm, caso contrário, nem sequer lhe pegam. Porquê? Porque por lá defende-se o lema "o que é nosso é bom"! Obviamente que na época isso me irritava porque impedia meus produtos de serem comprados, mas admirava-os secretamente por isso.

O que eles têm a mais, falta-nos a nós como povo. Daí a razão pela qual muitos portugueses não entendem porque Sara Carbonero não virá com ele...





sexta-feira, 3 de julho de 2015

"MENSAGEM ENVIADA"






Foi uma escandaleira e tanto quando se soube que Cristiano Ronaldo tinha acabado uma relação com um simples SMS.  Facto de ser figura pública ainda tornou o caso mais viral. E de facto, bem vistas as coisas, não são maneiras de acabar um relacionamento. Quanto a isto não há dúvida. Mas atribuir-se aos tempos modernos das tecnologias a culpa destes comportamentos é sinal de que, quem o diz, anda por "cá" há pouco tempo. 

Na verdade, a única novidade nesta forma moderna de acabar namoros é o facto de hoje em dia existirem telemóveis. Porque acabar relacionamentos sem dar a cara é coisa tão antiga quanto o Homem. Lembro-me de ser jovem e ser comum acabarem namoros por se deixarem simplesmente de se falar. De outros deixarem de aparecer. De outros resolver tudo em bilhetinhos entregues depois à melhor amiga. Mais tarde, e já adulta, a mesma coisa. Telefone que não é atendido. Uma carta que chega a explicar tudo. Um desaparecimento súbito e inexplicável.

Nada mudou. Nem mesmo as pessoas. Mudaram apenas os meios. Pelo menos alguns deles. Continuamos a viver no meio de gente incapaz de dar a cara pelos problemas. De gente que se esconde na hora de explicar. Ou que prefere não explicar aquilo que de certo não tem explicação nenhuma. É que nunca foi nem será fácil chegar ao pé de alguém e dizer: não gosto mais de ti, estou cansado desta relação ou apetece-me mudar de companheira. Falta a coragem de encarar o outro nos olhos e sentir a decepção ou a raiva. E isso não é o problema de SMS mas sim de formação, educação.

Costuma-se dizer que é nas horas difíceis que se vêem as pessoas. E se quiser saber quem teve ao seu lado, basta analisar a forma como saiu da sua vida. Porque gente de carácter sai com dignidade. E aí talvez deixe de chorar quando perceber que aquilo que perdeu não valia uma única lágrima sua.

O MEU AMOR DE 4 PATAS






Quando chegou à minha vida ela tinha apenas três meses. Com um olho à pirata, orelhas compridas e toda branquinha, era linda de morrer. Disseram-me que ia ser minha e por isso seria eu a dar-lhe um nome. Não foi difícil. Logo ali olhei-a e pela elegância com que se movimentava, pela obediência que já tinha sem lhe ter ainda ensinado a ser "gente" dentro de casa, disse: vais te chamar Lady porque és uma Lady. Ela entendeu e retribui com uma sentida lambidela. Foi há seis anos. Como o tempo passa... Há seis anos que faz parte de nós. Que nos presenteia todos os dias com imensos pulos desajeitados e rabo a chicotear as pernas enquanto nos lambe efusivamente, sempre que nos vê. A mim, é logo pela manhã cedo, na hora do pequeno almoço, que ela aguarda com impaciência, e sempre feliz por me ver, me dá um bom dia canino gostoso cheio de mimo.

Ela faz parte de mim e ai daquele que ouse magoá-la ou insultá-la! Atiro-me às grades e viro fera. Porque a triste realidade é que não falta quem se sinta espécie superior ao ponto de agredi-la pelo gradeamemto do muro, que ela protege por ser propriedade dela. Porque é ali que vive a família que ela ama e da qual faz parte. E por isso, mesmo com focinho desfeito, não desiste de afastar os agressores. Agressores que agridem só porque sim. Só porque acham que ela não tem direito a ladrar, como se ladrar fosse um insulto.

Ela tem tudo de um humano menos a fala. E tudo o que falta na humanidade, também. É um ser maior mais completo do que todos os seres existentes. Só ele nos ensina o verdadeiro sentido do amor e da amizade. O amor incondicional sem esperar nada em troca senão a nossa presença na sua vida. Com ela choro, com ela falo, com ela partilho como se fosse uma extensão de mim. Somos amigas, somos companheiras cúmplices nos segredos jamais denunciados.

A minha Lady é o meu amor canino. Um filho de quatro patas de quem me orgulho ser dono.

quinta-feira, 2 de julho de 2015

COISAS DE GAJO E COISAS DE GAJAS






Há quem diga que não há coisas de gajos. Mas na verdade não só há coisas de gajos, como coisas de gajas. E por acharem que não as há é que confundem os sinais de quem se comporta segundo sua natureza. É erradissmo pensar que homem só porque se esquece do que lhe dissemos há cinco minutos atrás ou parece distante enquanto falamos com ele, que não nos ama. É tão comum ouvirem-se lamentações porque compramos vestido novo e ele nem notou, ou porque estamos tristes e ele nos puxa para a cama em vez de conversar... 

Mas a verdade é que gajo que é gajo é assim, mesmo amando muito. São milhões de anos de evolução biológica distinta das mulheres. Uma natureza criada para a caça, para proteger a família, perseguir e afastar os perigos. E nesse sentido, cerebralmente desenvolveu mais certas zonas dos hemisférios em detrimento de outras. Por isso, um homem é imbatível na hora de encontrar o regresso a casa, mesmo perdido e sem mapa. Detecta perigos e ameaças melhor que ninguém, dando o corpo às balas se necessário para defender sua família. Tem nele a responsabilidade familiar de trazer alimentos, proteger e dar bem estar aos seus. E procriar... Por isso é que respondem com sexo sempre que pressentem que algo não vai bem com sua amada. Porque assim como eles sentem o amor a partir daí, imaginam que nós, as gajas, também curamos nossas tristezas assim.

Mas gaja que é gaja, funciona precisamente no oposto! E quando estamos deprimidas queremos colo, queremos beijinhos, queremos abraços e muita conversa, do tipo "deixa-me falar e ouve-me, preciso só de desabafar". Sexo, virá pela manhã seguinte com ela a saltar-lhe para o pescoço devagarinho, inundando-o de beijinhos como quem agradece baixinho por a ter ouvido. Porque mulher desenvolveu outras partes do cérebro que a tornam mais emotiva, mais faladora, mais atenta às pessoas que a rodeiam, mais chorosa, mais doce, e multifacetada! Mulher evoluiu para tomar conta do lar enquanto homem procura comida. E na hora de avaliar pessoas, é arrebatadora! Nasceu com um sexto sentido muito apurado que as elevam ao nível dos CSI, e nada lhes escapa. Não são mais inteligentes mas são sem dúvida mais perspicazes pela natureza ultra sensível que possuem. 

E depois vem as variantes. De gajos muito gajas e de gajas muito gajos. E tudo por causa das doses que cada um recebe de testosterona ou estrogênio da mãe na fase embrionaria. Por isso encontramos gajos que falam sem parar e conversam que nem gajas, e gajas que não têm paciência para mulheres lamechas. Gajos que têm um ataque de nervos pela manhã porque não sabem o que vestir, e gajas agarradas a PlayStation em vez de novelas... 

Eu sou gaja muito gaja e se as mulheres tendem a rotular o homem de desinteressado por se esquecer de telefonar, vivi o mesmo por não estar sempre disponível para maratonas de sexo. E nesta confusão de interpretações acabamos por confundir amor com desinteresse quando na verdade estamos apenas a respeitar a nossa natureza que, quer queiramos quer não, é distinta entre homens e mulheres.