Há quem diga que não há coisas de gajos. Mas na verdade não só há coisas de gajos, como coisas de gajas. E por acharem que não as há é que confundem os sinais de quem se comporta segundo sua natureza. É erradissmo pensar que homem só porque se esquece do que lhe dissemos há cinco minutos atrás ou parece distante enquanto falamos com ele, que não nos ama. É tão comum ouvirem-se lamentações porque compramos vestido novo e ele nem notou, ou porque estamos tristes e ele nos puxa para a cama em vez de conversar...
Mas a verdade é que gajo que é gajo é assim, mesmo amando muito. São milhões de anos de evolução biológica distinta das mulheres. Uma natureza criada para a caça, para proteger a família, perseguir e afastar os perigos. E nesse sentido, cerebralmente desenvolveu mais certas zonas dos hemisférios em detrimento de outras. Por isso, um homem é imbatível na hora de encontrar o regresso a casa, mesmo perdido e sem mapa. Detecta perigos e ameaças melhor que ninguém, dando o corpo às balas se necessário para defender sua família. Tem nele a responsabilidade familiar de trazer alimentos, proteger e dar bem estar aos seus. E procriar... Por isso é que respondem com sexo sempre que pressentem que algo não vai bem com sua amada. Porque assim como eles sentem o amor a partir daí, imaginam que nós, as gajas, também curamos nossas tristezas assim.
Mas gaja que é gaja, funciona precisamente no oposto! E quando estamos deprimidas queremos colo, queremos beijinhos, queremos abraços e muita conversa, do tipo "deixa-me falar e ouve-me, preciso só de desabafar". Sexo, virá pela manhã seguinte com ela a saltar-lhe para o pescoço devagarinho, inundando-o de beijinhos como quem agradece baixinho por a ter ouvido. Porque mulher desenvolveu outras partes do cérebro que a tornam mais emotiva, mais faladora, mais atenta às pessoas que a rodeiam, mais chorosa, mais doce, e multifacetada! Mulher evoluiu para tomar conta do lar enquanto homem procura comida. E na hora de avaliar pessoas, é arrebatadora! Nasceu com um sexto sentido muito apurado que as elevam ao nível dos CSI, e nada lhes escapa. Não são mais inteligentes mas são sem dúvida mais perspicazes pela natureza ultra sensível que possuem.
E depois vem as variantes. De gajos muito gajas e de gajas muito gajos. E tudo por causa das doses que cada um recebe de testosterona ou estrogênio da mãe na fase embrionaria. Por isso encontramos gajos que falam sem parar e conversam que nem gajas, e gajas que não têm paciência para mulheres lamechas. Gajos que têm um ataque de nervos pela manhã porque não sabem o que vestir, e gajas agarradas a PlayStation em vez de novelas...
Eu sou gaja muito gaja e se as mulheres tendem a rotular o homem de desinteressado por se esquecer de telefonar, vivi o mesmo por não estar sempre disponível para maratonas de sexo. E nesta confusão de interpretações acabamos por confundir amor com desinteresse quando na verdade estamos apenas a respeitar a nossa natureza que, quer queiramos quer não, é distinta entre homens e mulheres.
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