sexta-feira, 16 de outubro de 2015

CARTA À MINHA PIOR AMIGA QUE EU AMO



Sei que por esta altura, pensas que eu te odeio pelo que me fizeste. Sei que no fundo da tua alma, tu sabes,  que ódio é o mínimo que se pode sentir por uma criatura como tu. Porque tu sabes, que nunca perdoarias a alguém tamanho atrevimento. Mas quero que tu saibas que eu não te odeio. Amo-te! 

Sim! Amo-te muito por tudo o que me fizeste! Pela aprendizagem fabulosa sobre perversidade humana que me fez apurar o faro e detectar a anos luz, o cheiro podre de gente sem carácter. Amo-te pela  distância compulsiva que provocaste e que me protege da tua manipulação vil e insana. Amo-te ainda mais, pela máscara que deixaste cair e pôs a nu essa alma horrenda recalcada e mal resolvida. Amo-te pela pessoa que fizeste de mim com teu aprendizado.  Amo-te, porque daqui em diante, serás o meu "mestrado" de vida e com ele ensinarei, com teu exemplo sempre na ponta da língua,  a sociedade a proteger-se de gente como tu. 

Mas vou amar ainda muito mais, o dia em que tu, vais voltar à insignificância que eras antes de me sacanear. Voltares àquela vidinha de pobre coitada a viver de míseros biscates e trambiqueirices,  que juntavas a umas horitas de ensino em centros de estudo, onde tu não entregavas o certificado de habilitações, porque, na verdade, não o tinhas. Chegaste às minhas mãos desempregada e cheia de dívidas. Vou amar retribuir-te todo o meu amor, devolvendo-te essa vida que deixaste de ter, depois de me usurpar, mas com bónus de muitas mais dívidas para dares conta... 

Porque amor, com muito amor se paga, e sinto que estou em dívida contigo. Tenho o dever de te devolver em dobro tudo o que me deste. E acredita, sei ser muito generosa... E assim, vou amar cobrir-te de  sentenças judiciais com coimas generosas, de indemnizações correspondentes ao tamanho do meu sentimento por ti. 

E no fim, tenho a certeza que tu também vais me amar muito, porque te vou resgatar de ti mesma, e jamais terás vontade e possibilidade de prejudicar mais alguém na tua triste vida. 

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