É à medida que envelhecemos que começamos a compreender o valor do tempo. O tempo que aos 14 anos não havia maneira de passar mas que aos 50 voa sem parar. Num minuto estamos no verão noutro já é Natal... Corremos sem abrandar, ultrapassados mesmo assim pelo tempo, que depois de passado, já não alcançamos mais. Começamos a perder pelo caminho pessoas. Pessoas que supostamente tinham uma vida pela frente. Uma vida que afinal não passaram de alguns anos estupidamente interrompidos. E é quando levamos a primeira sacudidela bem forte... De repente, relativizamos tudo. Pomos os freios a fundo e pensamos: "Já vivi meia centena de anos e ainda não fiz quase nada... Tanto ainda por viver e concretizar... E se amanhã já é tarde?"
Começo a pensar que se calhar já não tenho tanto tempo assim. Que agora as distracções podem fazer-me perder mais do meu tempo, que se esgota a cada minuto, sem volta. Que o tempo é tão precioso que é preciso agarra-lo e transforma-lo em qualquer coisa que valha a pena um dia lembrar. Um beijo por dar... Sentimentos por demonstrar... Conversas adiadas... Projectos por nascer... Fazer hoje e nunca amanhã.
Porque o tempo, não tarda nada, já era...
Porque o tempo, não tarda nada, já era...
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